sábado, fevereiro 05, 2011

Desabafo de um sentimento triste.


Como queria vir até aqui e dizer coisas bonitas, amáveis, apaixonantes e encantadoras. Mas toda parte do “papel” preenchida por mim transcreve aquilo que se passa comigo. Não consigo falar de sonhos, de amor e de realizações quando dentro de mim tudo está desmoronando.
By Amanda A.


Como eu gostaria de ser uma pessoa positiva, que pensa em coisas boas o tempo todo. Mas quando estou mal com meus sentimentos sou apenas honesta comigo mesma. E assim repasso por palavras, por expressões, por suspiros tudo que está me sufocando por dentro...
Se eu não puder me expressar de alguma forma realmente irei ficar à beira da loucura. Se eu não puder dividir o que sinto estarei me matando aos poucos. Se eu não puder relatar meus assombros, ninguém saberia como a dor atinge a alma de uma pessoa.
Escrevo de solidão, escrevo sobre tristeza, escrevo sobre a dor...
Se estiverem interessados em algo mais alegre sugiro um livro de piadas.
Se me conhece pessoalmente e se assusta com o que escrevo deixo claro que esse é um blog para soltar os meus anseios, como fábulas, poemas e versos. Se fosse real estaria escrevendo com um português formal e com uma concordância coerente para um jornal que relata as verdades do cotidiano. Isso aqui é escrito no momento da dor, não ligo se fico sem nexo, se uma frase não deu sentindo ao verbo aplicado. Isso aqui é escrito com emoção e no momento da emoção não existe português com normas de concordância, o que existe é o sentimento. Se não passar o sentimento realmente errei na comunicação, que na verdade é apenas um desabafo. Porque eu não tenho com quem desabafar, não tenho alguém para me escutar. Estão todos muito ocupados com suas vidas atribuladas para escuta os dramas de uma menina de 20 e poucos anos...
Talvez eu tenha chamado a atenção, talvez era isso que eu queria, talvez era para ser assim:"Ei olha eu estou aqui com um milhão de problemas, que pode parecer idiota para você mas que está doendo tanto que posso acabar fazendo alguma coisa seria para aliviar essa dor!" Porque realmente precisou chamar atenção, ninguém olha para a lado e pergunta se você precisa de um abraço. É preciso dramatizar para pedir ajuda. Por que será que as pessoas só dão valor quando perdem? Talvez não reparo no processo da perda. Me refiro aqui quando alguém ta doente perto da morte, quando alguém largar um casa por um vício, quando alguém desisti da vida por falta de alô... Todo mundo tem problemas e blá blá blá... Quem não sabe disso? Não quer disser que alguém não precisa de atenção, não quer dizer quer a dor do outro é menor, não quer dizer que devemos deixar a pessoa sozinha nos seus devaneios. É por isso que as loucuras são cometidas, porque as pessoas não enxergar ou não querem enxergar os sinais de socorro. Ai quando uns e outros resolvem dar o grito, nem que seja um grito "dramático" são taxados de incoerentes, emotivos e fracos...
Eu só queria desabafar, eu só queria ter alguém pra falar o que sinto... Esse blog é pra ser considerado meu amigo, já que não ausência de pessoas reais ele pelo menos não me julga e nem me decepciona.
Eu só queria um ombro amigo....

Um comentário:

Anônimo disse...

Texto de Clarice Lispector, o qual diz muito a meu respeito sou exatamente como ela descreve, espero que goste. João Alves da Silva o amigo "oculto do FACE"
E daí? EU ADORO VOAR!
Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do
escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!